quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Lições da dor...

Um certo   jovem  caminhava ao lado do seu mestre e lhe perguntou:
- Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes. Algumas são indiferentes, outras mentirosas... sofro com as que caluniam..
- Pois viva como as flores! - advertiu o mestre.
- Como é viver como as flores? - perguntou o discípulo.
- Repare nestas flores - continuou o mestre - apontando lírios que cresciam no jardim. Elas nascem no esterco, entretanto são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas
não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas...É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros nos importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora... Não se deixe contaminar por tudo aquilo que o rodeia... Assim, você estará vivendo como as flores!
Hoje, fui visitar minha amiga... Que alegria encontra - lá mais animada, corada e sorridente.
Conversamos um pouco sobre as lições que temos aprendido neste tempo de dor.
Estamos em aprendizado constante... Tanto quem sofre diretamente com a situação quanto quem está servindo de apoio.
Deus vai trabalhando de uma maneira que não compreendemos, de um jeito que somente Ele pode realizar.
Vivemos correndo, correndo sempre...
Sem tempo pra uma conversa, pra dar risadas, sem tempo pra se conhecer melhor... Nossos filhos já não são mais tão pequenos e perdemos os melhores momentos porque estávamos correndo...
Corremos todos os dias e nesta correria milhares de nós não tem tempo pra oferecer um pouco de sua vida a Deus. Nem sobra tempo para agradecer, pra adorá-lo. Esporadicamente se lembram que Ele está nos céus.
Então, Deus dá um jeito de nos fazer parar. Coloca-nos numa situação em que teremos que aprender a valorizar o tempo, valorizar cada pedacinho de vida, cada dia se torna uma aprendizagem infinda. Nossa compreensão de Deus muda. Passamos a tentar entender seus preceitos. Queremos mais. Nossa sede por Ele se torna real.
E aquela vida corrida não faz mais sentido, porque agora precisamos vencer um dia de cada vez.
A dor nos ensina a lição que não somos capazes de aprender na alegria.
Abraços!!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Um dia de cada vez...

Quando nos deitamos todas as noites, não nos preocupamos com o amanhã... Pois a certeza do milagre da vida não nos deixa inquietos quanto ao fato  se vamos acordar ou não no outro dia.
Desconheço quem vá deitar se perguntando se terá mais um amanhã.
Existem milagres em nossas vidas que se tornam tão corriqueiros que acabam indo parar na listas das coisas banais.
Mas, para alguém que aguarda um milagre para continuar vivendo, cada novo amanhecer é um presente inesperado.
O que vale agora, não são mais as horas do relógio, e sim cada raio de dia que se pode respirar. Não importa o tamanho da dor e sim a possibilidade de ainda estar ali. A esperança lhe dá forças para chegar ao entardecer e isto já é o bastante diante da espera do milagre.
O amanhã?? Será mais um milagre para se contentar, agradecer e viver mais um dia como se fosse o último.
É vencer cada dia de uma vez... É lutar com todas as forças ou mesmo sem elas. É derramar lágrimas pela possibilidade infinda de alcançar a graça do criador.
Viver um dia após outro sem fazer muitos planos, mas aproveitando cada segundo, como os dedos sujos da cobertura de chocolate antes de irem para debaixo da torneira.
É se permitir mais um abraço da vida...
Mais uma chance de ficar!!!!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Acasos ou não!!!

Setembro está chegando...
Na escola teremos mais uma Feira do Conhecimento e este ano o tema escolhido foi "Chá", curioso que para este mesmo mês o grupo de  mulheres da igreja está preparando um super "Chá de mulheres".
É uma delícia pesquisar sobre o assunto. Vão brotando dentro de mim ideias aconchegantes.
Nem todo mundo gosta de chá, mas para os que se deliciam com a bebida é uma ótima oportunidade para se confraternizar.
É possível até se ouvir  as risadas, e ver  o rosto das amigas queridas em volta de uma bela  mesa arrumada para uma tarde gostosa de muita prosa e descontração.
A vida passa tão de repente que não dá pra ficar sonhando, a gente tem que fazer acontecer.
E tomar chá parece ser uma maneira elegante e alegre de passar um tempo a mais com pessoas que nos fazem felizes!!!

Cogitações da argila...

Sobre a roda a "argila" descansa sem saber ao certo o  que vai acontecer...
Talvez, enquanto espera passe por sua cabeça milhões de pensamentos...
O que será que o oleiro tem em mente? Qual será o seu  projeto para aquele pedaço de argila em especial. O resultado final vai satisfazer os sonhos do pedaço de barro?
De repente, eis que Ele surge com seu  avental e senta-se em frente a roda. Quando a roda  começa a girar a argila já não tem mais noção do tempo ou nem de que maneira está sendo moldada.
Será que o oleiro assobia tranqüilo enquanto sua mão dá forma ao pedaço de argila?
Seu trabalho, tanto por fora quanto por dentro daquele barro, trará a existência um projeto que já estava em seu coração ou aquela será uma criação espontânea?
O barro se pergunta se cada movimento vai torná-lo pelo menos um pouco parecido com a imagem que projetava de si mesmo. No entanto, sabe que o oleiro sendo especialista em criar esculturas, realiza obras brilhantes.
Todo o manejo, o girar da roda, o tempo, a espera,  envolve a argila num clima de espera que parece não ter mais fim. Ela sofre, geme, espera. Quando o trabalho  parece estar chegando ao fim, ainda falta o forno. Porque se a obra não passar pelo fogo não subsistirá.
É inacreditável imaginar que depois de todo  processo:  ser amassada, moldada,  ficar girando em cima daquela roda fria, agora a argila precise ir ao fogo. O fogo lhe dará firmeza, vai transformar suas fibras em algo mais resistente. Porém, a argila geme com o calor das chamas. Mas, tenta compreender de que  alguma forma o fogo lhe faz bem.
Apesar de toda a dor que possa sentir o barro se sente feliz de ter sido tirado do monte de lama e estar sendo utilizado pelo oleiro para uma finalidade maior.